Um forte dispositivo policial impediu hoje, 27, a realização de uma manifestação da oposição em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo (RDC), contra o processo eleitoral, que já tinha sido proibida pelas autoridades.
Vários candidatos da oposição às eleições presidenciais no país, realizadas nos passados dias 20 e 21, bem como organizações da sociedade civil, convocaram uma marcha contra o que qualificam de “eleições fictícias”, que exigem que sejam anuladas.
O ministro do Interior, Peter Kazadi, anunciou esta terça-feira que a marcha não seria autorizada, porque o seu objectivo era “minar o processo eleitoral e o Governo da República não pode aceitar isso”, declarou.
A oposição manteve o apelo à população de Kinshasa para que se reúna junto ao Palais du Peuple, sede do parlamento, e daí marche até à sede da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI).
Os resultados muito parciais das eleições presidenciais até agora divulgados colocam o chefe de Estado cessante, Félix Tshisekedi, bem à frente dos restantes 18 candidatos, com cerca de 79% dos votos.
No poder desde o início de 2019, Félix Tshisekedi concorre a um segundo mandato de cinco anos.