O cenário de dificuldades de produtos essenciais para o tratamento da água arrasta-se desde já há algum tempo, com tendência de agravamento, tendo deixado agastado os funcionários do laboratório das Estações de Tratamento de Água (ETA). Falta de tudo, desde sulfato de alumínio, cloro gasoso, polímero e hipoclorito de cálcio.
As várias ETA são obrigadas a ajudarem-se mutuamente sempre com os poucos produtos que têm recebido, dando a outras que estão sem stock. As fontes contam que não se cria mais stocks nos armazéns, estando actualmente mais vazios. Com o pouco que são entregues, têm de procurar gerir para não esgotar imediatamente, além de apoiarem outras estações próximas que apresentem ausência de produtos.
“Há muitos anos que esses produtos não têm sido adquiridos em quantidades necessárias, os armazéns já não ficam cheios. A situação de escassez verifica-se em praticamente todas as subestações da EPAL. Inclusive, algumas subestações são obrigadas a dividir entre si o pouco produto dos armazéns”, conta.
A ajuda mútua existente entre as estações, explicam as fontes, tem ‘safado’ de situações piores, como de ficar sem produtos para o tratamento durante mais ou menos duas semanas. Ainda assim, existem momentos que ficam uma semana, período em média que demora para recepção, sem produtos para tratamento da água que é distribuída em toda capital.