Além dos vários negócios já conhecidos, o Valor Económico apurou que o grupo tem as mãos na fazenda agro-industrial de Camacupa, antes detida pelo Fundo Soberano, e as fábricas têxteis de Benguela e Cuanza-Norte, activos que passaram para a esfera carrinho alegadamente sem concurso público ou sem anúncio oficial por parte das autoridades.
Somam e seguem os activos que passam para o controlo do Grupo Carrinho de forma considerada pouco clara por vários sectores da sociedade e com suspeitas. Em Dezembro de 2021, o grupo adquiriu o Banco de Comércio e Indústria (BCI) por 16,5 mil milhões de kwanzas, valor considerado como “preço de banana” por vários observadores, em meio de um processo que levantou dúvidas em termos de idoneidade, visto que o sector financeiro, na altura, não fazia parte do core business da empresa.
No mesmo período, em espécie de ‘prenda de natal’, o grupo somou com contratos públicos, como o da gestão da Reserva Estratégica Alimentar (REA), de onde saiu o ano passado, por decisão governamental que anunciou um inquérito cujas conclusões não são conhecidas até ao momento.
Actualmente, em vários círculos, comenta-se que o grupo se encontra em modo ‘fantasma’ no comando do banco Keve, com o financiamento feito em Dezembro de 2022 ao maior accionista Rui Campos, à revelia do regulador Banco Nacional de Angola (BNA) que agora, sob governação de Tiago Dias, afirma estar a analisar o processo.
A ascensão do grupo benguelense, que sonha dominar o mercado financeiro com uma eventual aquisição do BFA, é considerada meteórica desde 2017.
Além dos vários negócios já conhecidos, o Valor Económico apurou que o grupo tem as mãos na fazenda agro-industrial de Camacupa, antes detida pelo Fundo Soberano, e as fábricas têxteis de Benguela e Cuanza-Norte, activos que passaram para sua esfera alegadamente sem concurso público ou sem anúncio oficial por parte das autoridades.