Jovens conhecidas como BA Files NBA terão recorrido a práticas espirituais para alcançar fama, mas o caso terminou em tragédia.
Em busca de reconhecimento e sucesso no mundo dos eventos, um grupo de jovens mulheres, conhecidas como BA Files NBA, decidiu recorrer a um kimbandeiro. O grupo, que actua na promoção de espetáculos no bairro Palanca, município do Kilamba Kiaxi, em Luanda, pretendia alcançar maior visibilidade no mercado do entretenimento.
Segundo relatos, a ideia partiu do DJ e patrocinador do grupo, que levou o nome das integrantes ao referido kimbandeiro. O ritual impunha certas restrições: o DJ deveria abster-se de relações sexuais durante um mês, enquanto as jovens ficariam proibidas de qualquer contacto íntimo por uma semana.
Gisela Lopes, de 19 anos, CEO do grupo, acabou por quebrar a regra e perdeu a vida. Horas antes do trágico acidente, numa conversa telefónica com uma amiga, cujo áudio circula nas redes sociais, Gisela explicou o que havia acontecido:
“Fui ao mercado dos Congoleses para reparar o meu telefone e encontrei um pretendente que há muito tempo andava atrás de mim. É um ex-jogador. Ele quis envolver-se comigo, mas eu expliquei-lhe que não podia, porque o kimbandeiro tinha dito que, durante uma semana, eu não devia ter contacto com homem nenhum. Disse-lhe também que o nosso patrocinador não podia se relacionar durante um mês. Ele começou a criticar-me, dizendo que não devia se envolver neste caminho. Disse também que não me aconteceria nada se me envolvesse. O que DJ disse é mentira… Cometi esse erro.”
Poucas horas depois dessa conversa, Gisela sofreu um acidente de motorizada no bairro do Palanca, no dia 4 de outubro, e morreu no local, juntamente com o motoqueiro que a transportava.
As amigas confirmam que a jovem acabou por se envolver sexualmente antes do acidente.
Sobre o assunto em destaque, muitos interpretam como prova de que o mundo espiritual existe e de que o imediatismo e a busca pela fama podem ter consequências fatais.
Por: Nguindo António, o Pintor de Letras