A UNITA entende que a legalização da Fundação Jonas Malheiro Savimbi (FJMS) possa ser uma forma de instrumentalização do poder para a satisfação de interesses de alguns sectores.
“Costuma-se dizer que quando a esmola é grande, o pobre desconfia”, disse esta quarta-feira, 10, o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, durante uma conferência de imprensa.
Adalberto da Costa Júnior respondia a uma pergunta colocada pelos jornalistas sobre a ausência de figuras de relevo da UNITA na conferência de imprensa, presidida recentemente pelo ex-presidente da UNITA, Isaías Samakuva, que serviu para anunciar o lançamento da Fundação no mês de Agosto.
De acordo com o principal líder da oposição, a Fundação Jonas Malheiro Savimbi foi sempre o objectivo de todas as direcções da UNITA, mas a forma como foi legalizada pelo presidente da República, “inquienta”.
“Nós abandonámos a Comissão de Reconciliação em Memória das Vítimas de Conflitos Políticos (CIVICOP) devido à instrumentalização deste processo. Quem manda neste órgão é o Presidente da República, quem legalizou a Fundação Jonas Malheiro Savimbi foi o Presidente da República. Uma fundação não precisa de conferências de imprensa”, argumentou o líder da UNITA.