Hospital do Prenda admite negligência médica na morte de paciente em Dezembro e suspende toda a equipa que estava de serviço

O Ministério da Saúde (MINSA), através da direcção geral do Hospital do Prenda, suspendeu esta terça-feira, 09, toda a equipa que estava em serviço no banco de urgência, e que, alegadamente, negou assistência médica a um paciente de 40 anos que acabou por falecer no interior do hospital, no dia 17 de Dezembro último.

Segundo a direcção do Hospital do Prenda, estranhamente a equipa não reportou o ocorrido durante a reunião de passagens de turno e apenas tomou conhecimento do sucedido este Domingo, dia 07, através das redes socias.

Face à gravidade e no âmbito da tolerância zero, alegadamente decretado pelo Ministério da Saúde em Setembro último, o MINSA imputa responsabilidades a toda a equipa médica que esteve em serviço no banco de urgência daquela unidade de saúde, na data em que os factos ocorreram.

“A direcção geral do Hospital do Prenda decidiu instaurar um processo disciplinar a toda a equipa de serviço no banco de urgência e criou uma comissão de inquérito à qual deu 15 dias para apresentar os resultados do trabalho”, lê-se na ordem de serviço, tornado pública esta terça-feira.

No documento, a direcção do Hospital do Prenda lamenta o ocorrido e diz-se firme com as boas normas de atendimento humanizado dos seus utentes.

Vale lembrar que no mês de Outubro, do ano passado, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, exonerou, em Luanda, a directora clínica da Maternidade Lucrécia Paím e instaurou um processo disciplinar aos membros da equipa de serviço envolvidos na rejeição de uma paciente.

A exoneração surgiu na sequência de um acto grave de negligência médica, ocorrido naquela unidade hospitalar, com a rejeição de uma paciente em estado grave.

A referida paciente acabou por ser atendida no Hospital Materno-Infantil Dr. Pedro Manuel Azancot de Menezes.

Em comunicado, a ministra da Saúde reiterou a tolerância zero em relação aos actos de tratamento desumanizado de pacientes e outros utentes dos serviços das unidades sanitárias e demais instituições.

No mês de Setembro de 2023, também um jovem de 25 anos morreu à porta do Hospital Américo Boa Vida (HAB), após ser rejeitado atendimento.

Na altura, a direcção do hospital admitiu ter havido negligência médica na morte do Jovem e suspendeu, para além do médico, todos os membros da equipa médica em serviço.

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