A contaminação alimentar em restaurantes foi considerada, quarta-feira, em Luanda, um problema “silencioso” de saúde pública, que afecta centenas de pessoas todos os anos e resulta em mortes, sobretudo de crianças, alertou o consultor da Autoridade Nacional de Inspecção Económica e Segurança Alimentar (ANIESA).
Domingos Mucumbi fez esse pronunciamento durante uma palestra realizada sob o tema “Segurança alimentar nos restaurantes”, promovida pela Liga dos Empresários e Executivos de Angola (Prestígio), onde lembrou que as doenças transmitidas por alimentos (DTAs) continuam a apresentar índices alarmantes, reforçando a necessidade urgente da implementação de medidas preventivas e eficazes.
“As DTAs têm origem em perigos de natureza biológica como microrganismos patogénicos, presença de corpos estranhos químicos, substância tóxica e ambiental, como a ausência de condições adequadas de higiene”, disse.
O também antigo inspector geral-adjunto da ANIESA explicou que a contaminação alimentar pode ocorrer de forma primária, durante a produção agrícola, pecuária ou pesqueira e, directa, através de contacto humano, como tosse ou espirro, por causa do uso inadequado de utensílios ou mistura de alimentos crus com os já cozidos.
O sector da restauração, hoje, levanta preocupações quanto à frequência e eficácia da formação dirigida aos manipuladores de alimentos sobre as práticas fundamentais, nomeadamente a conservação adequada dos produtos e a higiene pessoal.