O Governo passa assim a contar com 28 ministros, invés de 27. Quatro deles são ministros de Estado.
Esta é a segunda vez João Lourenço decide fazer mudanças nestes ministérios. A primeira foi em 2020 e a segunda em 2022. Em 2020, o Presidente da República criou um ‘super ministério’, unindo as pastas da Cultura, Turismo e Ambiente, ficando sob a tutela de Adjany Costa, uma jovem bióloga que venceu um prémio das Nações Unidas para os ambientalistas que mais se distinguiram em 2019.
Na altura, o Governo decidiu cortar sete dos 28 ministérios, ficando apenas 21. O objectivo, justificava João Lourenço, era a redução de despesas.
A fusão gerou controvérsias. O primeiro desafio da nova ministra foi um corte nas despesas face à situação económica. Na posse, Adjany Costa assumiu que ia gerir um orçamento menor. “O orçamento vai ser único. Com a situação que estamos a viver vai haver um corte ainda maior, mas vai haver negociações e vamos ver o que se pode fazer”.
A nova ministra ficou pouco tempo na gestão do ‘super ministério’ e foi exonerada seis meses depois. Para o seu lugar, seguiu-se Jomo Fortunato e Adjany foi nomeada consultora do Presidente da República para área do Ambiente. Um ano depois, Jomo Fortunato foi exonerado e deu lugar a Filipe Zau, que ainda liderou o ‘super ministério’ até à nomeação do novo executivo em Setembro de 2022.
Por esta altura, João Lourenço, que tinha acabado de tomar posse para mais uma legislatura, decidiu acrescentar dois ministérios. Deixava de existir o ‘super ministério’ e passava a integrar mais dois novos departamentos: Ambiente e as Pescas. Filipe Zau ficou apenas com a Cultura e Turismo e Ana Paula de Carvalho passou a liderar o Ambiente.
Ainda não se sabe quem vai coordenar estes ministérios.