O modelo de gestão da província de Icolo e Bengo prevê a inclusão da figura das autoridades tradicionais e entidades religiosas como conselheiros do Governo local e fiscais dos projectos nos municípios, de acordo com o governador provincial, Auzílio Jacob.
O responsável falava na reunião do I Conselho Provincial de Auscultação da Comunidade, em que participaram líderes das mais diversas associações profissionais e representantes dos conselhos de moradores dos municípios de Icolo e Bengo.
De acordo com o governador provincial, “as autoridades tradicionais e entidades religiosas serão órgãos de consulta”, esclarecendo que “vão discutir os projectos com os assessores para os assuntos institucionais e administrativos, económicos e sociais”.
Além disso, reforçou Auzílio Jacob, “vão integrar um grupo de trabalho com outros conselheiros, para fiscalizar a execução dos projectos nos municípios”, sendo que, através dessas figuras, o Governo e os administradores terão acesso aos principais anseios dos cidadãos, que poderão ser representados pelos mesmos em várias ocasiões.
“Os sobas e padres terão contacto permanente com o governador para o ajudar no processo de concepção e idealização dos projectos e tomada de decisões. Deverão também fiscalizar os administradores municipais de modos que seja encontrada a melhor solução para os programas concebidos no Programa de Desenvolvimento Nacional do Governo Central”, disse, para justificar a inclusão de sobas e padres, por serem figuras em constante contacto com as comunidades.