O vice-presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), Dom Estanislau Chindecasse, manifestou-se preocupado com o número de pessoas que acreditam no feitiço.
O também bispo da Diocese do Dundo, manifestou a preocupação durante a homilia de celebração do Dia da Juventude Católica, neste domingo, no Lubango, onde referiu que o número de jovens angolanos, incluindo académicos formados em diversas áreas do saber, que acreditam no feitiço, ao ponto de destruir laços familiares, é preocupante, daí a necessidade de haver intervenção de todas as forças vivas da sociedade para combater o fenómeno.
O prelado católico afirmou que muitos jovens se deixam enganar por “charlatões” que se aproveitam da fraqueza cultural das pessoas com o objectivo de induzi-las ao erro de destruição de ligações umbilicais, sem qualquer diálogo construtivo para o bem social.
“Causa estranheza que os nossos jovens, mesmo os educados nas academias, também cederam às pragas da nossa cultura da crença ao feiticismo e, lamentavelmente, muitos não resistem à tentação”, afirmou.
Dom Estanislau Chindecasse disse, durante a missa, realizada no pavilhão multiuso da Nossa Senhora do Monte, que por causa do fenómeno muitos anciãos são acusados de feitiçaria por parentes que lhes deveriam garantir protecção e acolhimento.
O bispo manifestou-se indignado com tais práticas, incentivadas por impostores que fazem o futuro à custa da imposição desta fraqueza cultural, mas defendeu que o entusiasmo e a energia dos jovens devem ser postos ao serviço do Evangelho, pelo testemunho e exemplo.