“Creso Villela foi uma referência de empresário, líder sindical e ser humano. Sua partida deixará um vazio na história da cidade, especialmente na construção civil, mas também um enorme legado para as pessoas que o conheceram e para o setor seguir cada vez mais forte com seus ensinamentos”, disse o atual presidente do Sinduscon-DF, Adalberto Valadão Júnior.
Entre os familiares, ficam as boas memórias. “Uma pessoa singular”, disse o engenheiro Eduardo de Oliveira Villela, de 62 anos, um dos sete filhos de Creso, fundador da construtora Villela e Carvalho, que está na terceira geração. Ele deixa outros seis filhos: Jerônimo, Mônica Beatriz, Ana Lúcia, Claudio, Paulo e Ana Paula, além de dezenas de netos. “Um encantador de pessoas”, afirmou Claudio sobre o pai.
“Ontem [sexta-feira], às 17:35, descansou meu avô doutor Creso Villela. Expirou dormindo e sem dores”, contou o engenheiro civil Vitor Villela, um dos netos do patriarca da família. “Será para sempre um ícone de pioneirismo e engenharia pura na construção civil e no mercado imobiliário da cidade”, acrescentou.
HISTÓRIA DE VIDA
Creso Villela nasceu, no dia 17 de janeiro de 1929, em Jataí (GO), município fundado pelo seu tataravô e onde, 26 anos depois, Juscelino Kubitschek disse, publicamente, pela primeira vez, que a capital do país seria construída no interior do Brasil. O anúncio ocorreu durante um comício de sua então candidatura a presidente da República.
O fiscal de obras do Congresso Nacional e da Praça dos Três Poderes passou parte de sua infância em Catalão, a 540 km de Jataí. Depois, aos 12 anos, foi morar com um tio no Rio de Janeiro para investir ainda mais nos estudos. Ainda criança, dizia que queria entrar para a aeronáutica, mas, ao terminar o colegial, o pai não o autorizou a entrar no cadastro de reserva.